quarta-feira, agosto 16, 2006

Horácio Neves em entrevista ao Jornal Litoral Centro!

Após mais um ano liderando os destinos do SC Paradela, Horácio Neves, em entrevista ao Litoral Centro, fez um balanço da temporada passada e lançou os desafios com que a sua equipa se irá deparar durante a próxima época.

Litoral Centro (LC): Horácio que balanço faz dos últimos doze meses de presidência do SC Paradela?
Horácio Neves (HN): O balanço não pode deixar de ser positivo. Conseguimos pôr em prática os grandes objectivos que nortearam o nosso projecto, ainda para mais com grande reconhecimento por parte dos elementos da comunidade local, associados e não associados do clube.
LC: Quais foram os pontos mais altos deste último ano de liderança?
HN: Foram muitos. Na verdade, este último ano foi bastante rico em grandes acontecimentos para o clube. Para começar concluímos as obras na nova sede social do clube, a qual foi aberta ao público constituindo actualmente o ponto de encontro para todas as conversas relacionadas com o clube; realizamos o jantar comemorativo do aniversário do clube, algo que já não acontecia há vários anos, onde reunimos centena e meia de associados e amigos do clube; demos um cunho cultural ao clube com o lançamento da Escola de Música que irá recomeçar em Setembro; foi criada a Secção de Ciclismo a qual constituiu o lançamento para a realização do 1º Grande Prémio de Ciclismo que mereceu ampla divulgação e elogios. A par destes acontecimentos maiores, continuou em funcionamento o projecto de futebol jovem, a Secção da Pesca e a equipa de Veteranos.
LC: Foi portanto um ano desgastante?
HN: Considero que sim. Apesar de se tratar de um clube que deixou de ter equipa de futebol federado, como vinha acontecendo de há uns anos a esta parte, a equipa que liderei lançou-se na conquista de outros objectivos, que nos deram bastante trabalho, mas que mostraram aos mais cépticos que o SC Paradela não é só futebol. Este clube vai muito para além disso.
LC: O fim do futebol federado no clube não foi fácil de aceitar pelos associados do clube?
HN: Não. Mas a minha equipa só aceitou tomar conta do clube nessa condição, pois entediamos que da forma como o clube foi pensado tal não fazia sentido. Traçamos um projecto que passava por devolver o clube às suas raízes, fazer com que as actividades do clube tivessem como grande alvo a comunidade local. E tal tarefa, ao contrário do que possam pensar não foi nada fácil, apesar de termos feitos grandes progressos.
LC: Depois de dois anos à frente do clube, voltou a candidatar-se e a ser eleito. Ainda há forças para a liderar o clube por mais um ano?
HN: Há. Tive duas equipas que sempre me deram grande apoio e tenho agora outra que dá, a mim e ao clube, boas garantias quanto ao futuro. Trata-se de uma equipa com grande vontade em levar por diante este projecto, composta por uma espinhe dorsal que vem já dos dois últimos anos, renovada com elementos novos e jovens que são o garante da continuidade das nossas ideias. Além disso, existem ainda alguns processos que necessitam de ser devidamente consolidados, nomeadamente no que diz respeito à reorganização das listagens de associados, legalização dos terrenos do parque de jogos, entre outros.
LC: E quanto ao futebol federado?
HN: Para já não. O clube, volto a repetir, não tem condições para isso.
LC: Então quais são os projectos do clube que agora se avizinha?
HN: Em primeiro lugar queremos manter e se possível melhorar nas actividades que transitam dos anos anteriores. Refiro-me às actividades das secções (pesca, veteranos, ciclismo e futebol jovem), realização de eventos desportivos que envolvam os membros da comunidade local. No que se refere à sede do clube, a partir de Setembro reabre ao público, estando previstas actividades (culturais e lúdicas) de dinamização da mesma. Também em Setembro recomeça a Escola de Música para a qual já recebemos 15 inscrições.
LC: Quanto a projectos novos?
HN: Temos em mente dar os primeiros passos para o renascimento da tradição teatral em Paradela, iniciar e concluir o processo de actualização dos estatutos de modo a torná-los mais ageis, e uma grande desafio que se prende com a comemoração do centenário da morte de um grande conterrâneo nosso, o Dr. Francisco Ferraz de Macedo.
LC: Quer deixar uma mensagem final para os associados do clube?
HN: Quero. Para os associados quero desfiá-los a ser parte activa no concretiza dos projectos do clube. Aos membros da comunidade local, deixou o repto para se fazerem associados do clube e fazer parte de uma grande família que se espera cada vez mais unida.